Na CBRE, sai um veterano, entra outro

Depois de 30 anos, Walter Cardoso está deixando o comando da operação brasileira da CBRE, uma das maiores corretoras imobiliárias do mundo, com faturamento de US$ 35 bilhões no ano passado.

O novo presidente é outro veterano da companhia: Adriano Sartori, que tem 30 anos de CBRE – seu primeiro e único empregador.

Durante a gestão de Walter, a CBRE passou de 70 para 1.200 funcionários no Brasil, fez vendas de ativos de mais de R$ 30 bilhões e gerou R$ 47 bilhões em receitas de locação com mais de 4,2 milhões de m² de propriedades administradas.

Hoje o Brasil está entre as cinco maiores operações da CBRE no mundo em volume de negócios e entre as 20 maiores em receita (dado o real fraco).

Segundo Walter, sua saída foi planejada há cinco anos e Sartori já participava de todas as decisões nesse período. 

Sartori é o principal executivo por trás das transações da companhia – a CBRE também atua com consultoria (como avaliação de imóveis) e serviços (property management) – mas também já vinha trabalhando com Walter na expansão regional pelo País.

A CBRE tem escritórios em São Paulo, Recife, Brasília, Belo Horizonte, Salvador e Curitiba, e está para abrir em Vitória. 

“A próxima possivelmente será no Vale do Itajaí, em Santa Catarina,” Sartori disse ao Brazil Journal.

Ele assume num momento em que a economia não ajuda: hoje, o volume de negócios da CBRE equivale a um terço do que era visto no início da década. 

Para compensar, a empresa vem apostando em novas frentes, como tecnologia e o agronegócio.

A CBRE está investindo para criar sua própria inteligência artificial para tornar mais eficiente o trabalho de prospecção de novos imóveis e terrenos.

A empresa tem mapeado terrenos e fazendas na região do Matopiba – que compreende os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e Bahia. 

Esse mapeamento pode ser acelerado com a possível aquisição de uma empresa que já atua no agronegócio, segundo Sartori.

“Ainda estamos no início, mas esperamos que o agro chegue a representar 10% a 15% das nossas transações,” disse Sartori. Hoje, o agronegócio não chega a 5%. 

Além disso, a empresa está aberta para M&As para ampliar sua área de serviços. Em dezembro, comprou a BRPB Administradora da BR Properties e aumentou seu portfólio de 3,5 milhões de m² em gestão predial.

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