Até os EUA se incomodam com o ecommerce chinês — e aumentam a pressão

Adivinha quem está tendo o mesmo “problema” com a Shopee, Shein e Temu?

Uncle Sam is not happy.

Segundo o The Information, nas últimas semanas as autoridades americanas escalaram a repressão a uma isenção alfandegária que permite aos players de ecommerce chineses enviar produtos para os Estados Unidos sem pagar nenhum imposto.

Nos EUA, essas empresas se aproveitam de uma lei quase centenária – a ‘de minimis’ – que isenta pacotes avaliados em US$ 800 ou menos das obrigações alfandegárias e de pagar taxas de importação. 

Apesar de dentro da lei, os críticos têm dito que essa regra é uma “brecha” que está sendo explorada pelos players chineses para competir de forma desleal com as empresas americanas e facilitar a entrada no país de produtos feitos com trabalho escravo. 

A pressão dos críticos parece estar surtindo efeito. O Department of Homeland Security, responsável pela alfândega e proteção das fronteiras, suspendeu nas últimas semanas diversos ‘brokers’ que viabilizam essas importações por meio de um programa que facilita e torna mais rápidas as remessas. 

O The Information disse que a Seko Logistics — que processa milhões de encomendas usando a lei ‘de minimis’ todos os meses em aeroportos de vários estados americanos — avisou clientes na semana passada que oficiais da alfândega suspenderam sua participação no programa (o Entry Type 86).

Na carta aos clientes, a empresa disse que foi barrada por 90 dias de lidar com importações dentro desse programa e que vários outros brokers também foram suspensos. 

A medida do governo americano vem em meio a uma disparada no número de encomendas que entram nos EUA por meio da lei ‘de minimis’ — por conta do crescimento de players de ecommerce cross-border como a Temu e Shein. 

Só neste ano, 705 milhões de encomendas foram importadas por meio da lei, em comparação a 1 bilhão de pacotes importados no ano passado inteiro.

Segundo o The Information, as gigantes chinesas respondem por quase metade de todas essas importações. 

Na carta aos clientes, o CEO da Seko, James Gagne, disse que a companhia tinha um nível de compliance com o programa Type 86 “excepcionalmente alto” — e, mesmo assim, recebeu um aviso com menos de sete dias de antecedência da suspensão e não teve  oportunidade de endereçar os potenciais problemas identificados pelas autoridades.

O CEO disse ainda que a companhia está explorando um plano de contingência para atender os clientes enquanto apela sobre a decisão da agência. 

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