Paulo Kakinoff vai deixar o cargo de CEO da GOL depois de 10 anos e passará a ter assento no conselho de administração. Celso Ferrer Junior, o atual COO e há 14 anos na companhia, assumirá o comando em 1º de julho.
O processo de sucessão foi conduzido nos últimos três anos e meio e envolveu nomes de mercado além de Ferrer, de acordo com pessoas próximas à companhia.
Como vp de operações, Ferrer é responsável pelas áreas de suprimentos, frotas, malha, aeroportos e planejamento, e sua atuação foi vista como fundamental para ajudar a Gol a atravessar o caos provocado pela pandemia.
Ferrer tem 39 anos, é piloto dos Boeings 737-300 e 737-800 Next Generation e vp de planejamento da GOL de 2015 a 2019.
Ele será o terceiro CEO da companhia fundada em 2001. Antes de Kakinoff, a GOL foi comandada pelo fundador, Constantino de Oliveira Junior.
A mudança acontece pouco depois do anúncio de criação da Abra — a holding que reúne as operações da GOL e da Avianca — e após a conclusão de dois grandes projetos da GOL: a renovação da frota e do sistema de reservas.
A data da troca de comando casa com o aniversário de dez anos de Kakinoff à frente da GOL. O executivo disse a pessoas próximas que pretende tirar um “período sabático” de pelo menos um ano e meio — mas continuará participando dos seis conselhos em que tem assento, de empresas como Porto Seguro, Suzano e Tembici, além do da GOL.
Sob o comando de Kakinoff, a GOL deixou de ser uma low-cost pura para investir em maior qualidade de serviço, o que abriu uma nova rota de crescimento para o negócio.
A empresa foi duramente afetada pela pandemia: teve um prejuízo foi R$ 7 bilhões em 2021, número 21% maior que o de 2020. Já no primeiro tri deste ano, os resultados operacionais foram os melhores desde o início da covid-19.
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