Leblon vê oportunidade em ‘small caps’ e levanta fundo PIPE

A Leblon Equities enxerga uma oportunidade nas small caps que aparece “uma vez a cada cinco anos”. 

Por conta disso, a gestora vai lançar semana que vem um fundo 100% dedicado a PIPE – a sigla em inglês para private investment in public equities.  

Do início da queda mais acentuada do mercado, no segundo semestre de 2021, até a semana passada, o Ibovespa acumulava baixa de 10% enquanto o índice de small caps da Bolsa, que tem uma mediana de valor de mercado de R$ 4 bi, perdia 30%. 

“As empresas que nós estamos olhando são ainda menores, algumas têm market cap inferior a R$ 1 bi e sofreram ainda mais do que isso,” disse ao Brazil Journal o sócio da Leblon Pedro Chermont.  “Na nossa opinião, algumas dessas ações têm potencial de triplicar num prazo de 3 a 5 anos.” 

O investimento em ativos menos líquidos não é novidade na Leblon, que desde que nasceu investe nesse perfil de empresas, mas numa parcela limitada a entre 25% e 30% do fundo por conta do prazo de resgate mensal dos produtos tradicionais.

Para não ter problemas com o passivo, a gestora desenhou para o Leblon PIPEs uma estrutura de resgate com lockup de 1 ano e, a partir daí, resgate semestral limitado a 20% do patrimônio do fundo – se os pedidos exercerem esse percentual, haverá rateio.

O novo fundo vai ter de 6 a 8 investimentos, e 4 deles serão escolhidos entre empresas que já estão na carteira do Leblon Ações: Pão de Açúcar, Mills, PetroRecôncavo, Omega, Log Logística, Bemobi, Oceanpact, Alper, Priner e Lopes.

“São empresas nas quais temos um conforto grande em relação à qualidade do ativo e ao patamar do valuation. Algumas delas já acompanhamos há décadas,” disse Pedro. 

O Leblon PIPEs vai olhar para empresas em que a Leblon está (ou já esteve) nos conselhos ou comitês; companhias em que a gestora tenha mais de 2% das ações, o que dá à gestora a possibilidade de influir na governança;  e também vai fazer o PIPE mais tradicional, com investimentos pré-IPO, ancoragem de IPOs, compras de bônus de subscrição e debêntures conversíveis. 

O fundo deve começar com R$ 50 milhões, incluindo R$ 10 milhões dos sócios. 

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