Link é encerrado e TecMundo fará nova cobertura tech no Estadão em 2026

O Estadão anunciou ontem (21) o encerramento de sua editoria de tecnologia, o Link. Com 21 anos no ar, a marca se encerra deixando um legado de grandes e históricas coberturas jornalísticas.

Pioneiro no jornalismo de tecnologia no Brasil, o Link foi criado em 18 de outubro de 2004, quando o mundo era bastante diferente do atual. Naquele período, o Brasil se encontrava em um período majoritariamente analógico.

Para se ter uma ideia, em 2004 menos de 15% das pessoas tinham internet banda larga em casa, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Ou seja, um brasileiro do início dos anos 2000 ainda estava longe de ser hiperconectado como hoje. 

Bastaram poucos anos para que a revolução digital acelerasse e mostrasse alguns vislumbres de como seria o nosso futuro. E o Link acompanhou e registrou praticamente todos esses acontecimentos históricos.

Nesta segunda (22), o TecMundo agradece e faz uma homenagem ao Link, um veículo que pavimentou a estrada que percorremos.

Primeira publicação do Link, em 18 de outubro de 2004 (Foto: Tiago Queiroz/Estadão)

Grandes coberturas

O Link nasceu em um ano bastante particular da nossa história. Em 2004, o mundo presenciou o nascimento do Orkut, considerada a primeira rede social de massa do mundo.

Além da plataforma que servia para vermos fotos de amigos, mandar mensagens, deixar depoimentos e encontrarmos pessoas com gostos parecidos nas comunidades, em 2004 também foram lançados o Gmail, Motorola Razr V3, Nintendo DS, PSP e o AirPod de 4ª geração, por exemplo.

Acompanhando todos esses movimentos, que incluíam a chegada da chamada Internet 2.0, o Link cobriu nos anos diversos fatos históricos da indústria da tecnologia. Utilizando o WayBack Machine, esses são alguns deles:

Vinda de Mark Zuckerberg pela primeira vez ao Brasil;Lançamento do iPhone 3GS;Popularização e queda das lan houses;Início das vendas do Kindle 3G no Brasil;A febre do Tumblr;Lançamento da primeira TV OLED da Samsung;Lançamento de Pokémon Go no Brasil.

Além da internet e dos smartphones, o Link deixa ainda uma memória de olhares jornalísticos para outros mercados dentro da tecnologia. São os casos de games, inovação, aplicativos e até mesmo a recente inteligência artificial generativa.

Nos últimos anos, a marca do Estadão esteve de olho, de maneira crítica, nos avanços e dilemas éticos trazidos por novas ferramentas como o ChatGPT, Gemini e Claude.

Bruno Romani, editor do Link, comentou que o “Link entendeu muito cedo o impacto da tecnologia no mundo. Economia, comportamento, cultura, trabalho, relacionamentos, política, educação, poder: tudo seria transformado pelo ambiente digital. Ao longo de 21 anos, foi um pilar da cobertura no Brasil, inspirou e provocou leitores — dos mais jovens aos tomadores de decisão —, além de formar gerações de jornalistas talentosíssimos. O legado é muito poderoso”.

Link antecipou tendências (Foto: Tiago Queiroz/Estadão)

Cobertura de tecnologia no TecMundo

A última reportagem especial do Link foi divulgada neste domingo (21). A matéria fala sobre como a internet que a geração Millennial (nascidos entre 1981 e 1996) conheceu não existe mais, já que deu espaço para uma estrutura de rede dominada pelas big techs e algoritmos.

E com o encerramento do Link, a cobertura de tecnologia do Estadão será ancorada no TecMundo a partir de 1º de janeiro de 2026. O TecMundo foi adquirido pelo Estadão em outubro deste ano.

O quem vem por aí?

O TecMundo, agora dentro do Estadão, chega com a missão de carregar o legado do Link e trazer mais de sua cultura hiperconectada e com foco multiplataforma.

Ao Estadão, o editor-chefe do TecMundo, Minha Série, Voxel e The BRIEF, Felipe Payão, disse: “Para o TecMundo é uma honra fazer parte da estrutura Estadão. O TecMundo nasceu digital, tem uma equipe cronicamente online e multiplataforma, que atua em vídeos, mídias sociais e site de modo integrado. Nossa capacidade de infiltração e gerar discussões sobre temas atuais – seja em cibersegurança ou filmes e séries -, alinhada ao padrão ouro de jornalismo do Estadão renderá algo inédito no Brasil: uma potência de cobertura transversal, que abraça todos os formatos de mídia possíveis, mergulhada em apuração e tendência, que saiba informar desde o leitor chega agora ao mundo das notícias até o leitor tomador de decisão, que prima por um trabalho mais profundo”.

O editor do Núcleo de Notícias Rápidas do TecMundo, Carlos Palmeira, adiciona que “além da cobertura com um olhar crítico dos fatos mais importantes do universo da tecnologia, o TecMundo seguirá como um guia para o público decidir em quais produtos investir seu suado dinheiro. Em 2026, também seguiremos como um canal com muita cobertura original”

A fala de Palmeira é complementada por Mateus Mognon, editor do Minha Série e Voxel: “O Voxel e o Minha Série já realizam coberturas aprofundadas de eventos, lançamentos e os principais acontecimentos da cultura pop, e isso só vai melhorar. Em 2026, com o apoio do Estadão, vamos trazer ainda mais conteúdos de qualidade para a nossa crescente audiência”.

Por fim, o editor do The BRIEF, Rafael Farinaccio, adiciona que “a união da experiência digital dos veículos da NZN com o alcance e a força do Estadão é a receita perfeita para uma cobertura mais abrangente e aprofundada nas áreas de tecnologia, mercado, inovação, além de games e cultura pop. A estrutura já consagrada do Estadão vai servir como o combustível necessário para alçar TecMundo e The Brief a novos patamares, permitindo que levemos informação qualificada sobre tecnologia a um público muito mais amplo e diverso”.

Entenda: Estadão terá nova cobertura de tecnologia a partir de 2026

No ar desde 2011, o TecMundo continuará com sua cobertura jornalística crítica sobre produto, cibersegurança, internet e software – além dos conteúdos sobre cultura pop e games, no Minha Série e Voxel, e mercado, no The BRIEF. Seguimos juntos.

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