A Anthropic anunciou, na última quinta-feira (23), um novo acordo de fornecimento de tecnologia com a Google. A empresa de inteligência artificial (IA), dona do chatbot Claude e dos modelos de linguagem Sonnet, vai usar ainda mais chips e serviços da parceira a partir de 2026.
De acordo com o comunicado, a aliança vale “dezenas de bilhões de dólares” e vai garantir “mais de um gigawatt de capacidade” para os sistemas da empresa de IA no ano que vem.
O contrato inclui o envio de até 1 milhão de unidades de TPUs para a Anthropic. Esse componente, cuja sigla significa Unidade de Processamento de Tensor, é um chip exclusivo da Google para treinar e processar recursos de IA.
Para além dos processadores, a companhia terá também maior acesso aos serviços do Google Cloud para hospedar e gerenciar modelos e serviços.
Os números da Anthropic
A parceria com a Google reforça uma nova corrida no mercado de IA: a busca de empresas donas desses serviços por alianças com gigantes da tecnologia, em especial no setor de infraestrutura, data centers e chips. A OpenAI, por exemplo, recentemente confirmou negociações com Nvidia e AMD, além de planejar os próprios processadores com a Broadcom.
A Anthropic tem mais de 300 mil clientes comerciais, sendo que a quantidade de contas de grande porte (que trazem mais de US$ 100 mil em receita) cresceu quase sete vezes só no ano passado;Ela foi fundada em 2021 por ex-pesquisadores da OpenAI lançou o Claude oficialmente só dois anos depois. A IA tem uma versão gratuira para uso, além de uma versão Pro (que custa US$ 17 por mês) e outra Max (por US$ 100 mensais);A companhia tem um valor de mercado atualmente de aproximadamente US$ 183 bilhões — longe dos US$ 500 bilhões da avaliação mais recente da rival dona do ChatGPT;Só na última rodada de investimentos, feita em setembro deste ano, foram levantados US$ 13 bilhões de uma série de fundos de investimento e capital de risco;A atual taxa prevista de receita anual da empresa é de US$ 7 bilhões;
Um dos diferenciais da marca é a adoção de uma estratégia multi-cloud e com chips de várias fontes para não depender unicamente de um único serviço e ter maior capacidade de expansão. Atualmente, ela opera em um misto das plataformas TPU da Google, Trainium da Amazon (que ainda é a sua parceira mais forte em termos de dinheiro investido) e com GPUs da Nvidia.
A Google lançou recentemente uma nova ferramenta de vibe coding para criar apps com os seus modelos de IA. Saiba mais nesta matéria!
