Se cuida, Nvidia: OpenAI e Broadcom para produzir chips de IA

A OpenAI anunciou, na última segunda-feira (13), um acordo estratégico com a gigante americana de semicondutores Broadcom para o desenvolvimento conjunto de chips de IA personalizados. Esta parceria foi descrita pela empresa como um movimento crucial na busca por infraestrutura de computação mais eficiente e independente.

Segundo Sam Altman, CEO da OpenAI, a iniciativa é “fundamental na construção da infraestrutura necessária para liberar o potencial da IA”. 

Altman enfatizou que a criação desses chips customizados visa desbloquear o potencial máximo da inteligência artificial, gerando benefícios tangíveis para indivíduos e empresas.

Arquitetura customizada e eficiência

A OpenAI será responsável pelo design da arquitetura dos sistemas e dos aceleradores de IA, levando sua expertise em modelos avançados diretamente para o hardware.

Já a Broadcom ficará encarregada da fabricação e integração desses semicondutores, garantindo que operem em clusters de IA altamente “escaláveis e energeticamente eficientes”.

Charlie Kawwas, presidente da Broadcom, destacou o alinhamento tecnológica do acordo. Segundo ele, “aceleradores customizados combinam incrivelmente bem com soluções de rede scale-up e scale-out Ethernet baseadas em padrões para fornecer uma infraestrutura de IA de próxima geração com custo e desempenho otimizados”. 

A expectativa do mercado é que o primeiro chip fruto desta colaboração comece a ser implementado já no segundo semestre de 2026 e seja finalizado até o fim de 2029.

Independência e expansão

A busca por chips próprios, estratégia já adotada por hyperscalers como Google e Amazon, busca reduzir drasticamente a dependência da OpenAI em relação a fornecedores externos, especialmente a Nvidia, que atualmente domina o mercado de Unidades de Processamento Gráfico (GPUs) de alto desempenho essenciais para o treinamento de modelos de IA.

Este novo acordo foi divulgado uma semana após a OpenAI e a AMD também terem fechado um contrato de fornecimento de chips para data centers. Essa sucessão de parcerias e investimentos maciços em hardware confirma que a empresa de Sam Altman está em uma ofensiva para garantir poder grande poder computacional.

Em um sinal da forte confiança do mercado em seu futuro, no começo de outubro, a OpenAI se consolidou como a startup mais valiosa do mundo. A empresa alcançou uma avaliação de mercado impressionante de US$ 500 bilhões (cerca de R$ 2,7 bilhões na cotação atual), superando empresas como a SpaceX, de Elon Musk.

Fica ligado, Jensen Huang

Um dia após firmar acordo com a OpenAI, a Broadcom aproveitou para anunciar um chip de rede também focado em IA. Chamado de Thor Ultra, o produto age como o link crítico para mover grandes volumes de dados entre os componentes de um sistema de IA distribuído, permitindo que os operadores de infraestrutura implementem muito mais chips do que antes e viabilizando a construção e execução dos modelos de IA de grande escala.

Ao dobrar a largura de banda em relação à sua versão anterior, a Broadcom entra mais uma vez no caminho da Nvidia e de seus chips de interface de rede, intensificando ainda mais a “guerra das IAs” que ocorre tanto no mundo dos chatbots quanto dentro das fábricas de componentes eletrônicos.

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