A Polícia Federal prendeu, na sexta-feira (12), oito pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa responsável por fraudes envolvendo o Pix. Segundo a investigação, o esquema já teria causado um prejuízo estimado em R$ 1,2 bilhão ao sistema financeiro.
No local das prisões, agentes encontraram uma estação de trabalho roubada da Caixa Econômica Federal, equipamento com acesso privilegiado ao sistema da instituição — incluindo senhas e funcionalidades ligadas ao Pix. O computador, segundo as autoridades, havia sido furtado de uma agência no Brás, região central de São Paulo, e levado para outro imóvel, onde o grupo foi localizado.
Leia mais: Senador pede investigação contra a Microsoft por ‘negligenciar’ a segurança cibernéticaFoi encontrada uma estação de trabalho roubada da Caixa no imóvel dos suspeitos. (Fonte: G1/Reprodução)
Quem são os presos
Foram detidos:
José Elvis dos Anjos SilvaFernando Vieira da SilvaRafael Alves LoiaMarcos Vinícius dos SantosKlayton Leandro Matos de PauloGuilherme Marques PeixotoNicollas Gabriel PytlakMaicon Douglas de Souza Ribeiro Rocha
Os suspeitos têm idades entre 22 e 46 anos. As prisões em flagrante foram confirmadas pela Justiça Federal durante audiência de custódia e convertidas em prisão preventiva.
Fraudes bilionárias e investigação
De acordo com a PF, o grupo estaria envolvido em desvios de grandes proporções, incluindo:
Um ataque contra o BMP em junho, que gerou um prejuízo de R$ 800 milhões;Uma invasão recente à plataforma de tecnologia ligada ao Pix, com desvio de cerca de R$ 400 milhões.
Mensagens obtidas pelos investigadores indicam que um dos integrantes assumiu ter invadido o sistema da Sinqia, redirecionando transferências do banco HSBC e da instituição financeira Artta. A PF agora apura se houve participação de funcionários de instituições financeiras.
Defesa e acusações
A advogada Silvia de França Gonçalves, representante de Rafael Alves e José Elvis, disse à GloboNews que seus clientes não participaram dos crimes atribuídos pela PF e que “não há indícios de autoria” contra eles. Durante a audiência, todos os investigados negaram envolvimento e afirmaram ter sido alvo de violência policial no momento das prisões.
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