A JBS e o Governo da Nigéria devem se associar para a construção de plantas no país africano, um projeto transformacional para a economia do país com um capex estimado em US$ 2,5 bilhões nos próximos cinco anos.
O memorando de entendimentos foi assinado agora à noite entre a companhia dos Batista e autoridades nigerianas.
Por enquanto, o mais provável é que a JBS fique com 55% do negócio, com os 45% restantes divididos entre o Governo da Nigéria e investidores locais, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal. Agências de desenvolvimento locais vão financiar todo o projeto.
A Nigéria hoje tem uma população estimada em 250 milhões (os dados são incertos porque o último Censo do país aconteceu em 1999), e a ONU estima que, até 2050, este número deve ultrapassar 400 milhões de pessoas, tornando a Nigéria o terceiro país mais populoso do mundo, depois de Índia e China.
O negócio teve origem depois que o Presidente Bola Tinubu anunciou um plano para aumentar a segurança alimentar do País. A Nigéria hoje não tem nenhum player industrial relevante no agronegócio, e sua cadeia produtiva é principalmente de subsistência.
Com o movimento de hoje, a JBS pode se tornar o player dominante naquele mercado.
Tinubu contratou consultorias para analisar exemplos de países onde o agronegócio deu certo — e resolveu copiar o modelo do Brasil. Os nigerianos tiveram conversas com a Marfrig e a JBS, e chegaram a visitar plantas de ambas as empresas no Brasil.
O acordo prevê que a JBS vai construir e operar sete plantas de processamento no país — três de aves, duas de carne bovina, uma de cordeiro e outra de suínos. Todas as plantas já serão desenhadas para permitir expansões futuras.
A JBS também se compromete a desenvolver todo o supply chains dessas cadeias de alimentos.
Tinubu veio para o G20 e ficou no Rio de Janeiro com toda a equipe para costurar o acordo.
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