Milei compra caças F-16 de segunda mão; Argentina volta a ter jatos supersônicos 

A Força Aérea da Dinamarca está renovando a sua esquadra de caças, substituindo os quarentões F-16 por jatos F-35 de última geração. Desses antigos caças, 19 serão doados para a Ucrânia e 24 deles acabam de ser vendidos para a Argentina.

O Governo Javier Milei vai pagar US$ 320 milhões pelos jatos, que, apesar da idade, foram renovados e receberam novas tecnologias ao longo dos anos.

“A Argentina agora fará parte da família F-16,” disse o ministro dinamarquês da Defesa, Troels Lund Poulsen.

Os argentinos analisavam alternativas há anos para renovar sua Força Aérea, mas sempre esbarraram em dificuldades financeiras ou em restrições de transferência de tecnologia impostas pelos britânicos em razão do ataque argentino às Falklands em 1982.

A Argentina vinha negociando o contrato com a Dinamarca desde o ano passado, antes da eleição de Milei. As conversas para a autorização de transferência de tecnologia passaram pela Casa Branca e pelo Congresso dos EUA. O acordo foi aprovado em outubro – o que ajudou a tirar do páreo a China, que tentava vender seus caças JF-17.

Os F-16 são do modelo Fighting Falcon, e chegarão ao país a partir do final do ano. Assim a Força Aérea Argentina voltará a ter aviões supersônicos, algo que não ocorre desde 2015 com a aposentadoria dos jatos Mirage.

“Estamos fazendo a mais importante aquisição aeronáutica militar desde 1983,” disse o ministro da Defesa, Luis Petri, para quem as aeronaves “estão no nível das melhores que voam nos céus da América do Sul e do mundo.”

Produzidos pela General Dynamics, os F-16 entraram em atividade em 1978. Em 1993, a GD vendeu a divisão de aviões de combate para a Lockheed – que em 1995 passaria a se chamar Lockheed Martin, depois da fusão com a Martin Marietta.

Já foram entregues mais de 4.600 jatos F-16 – e a demanda por eles continua alta. Leve, ágil e versátil, o F-16 foi usado pelas forças aéreas de 25 países e ainda há 2.000 deles em operação.

O F-35 – que a Dinamarca está comprando – também é produzido pela Lockheed Martin, que em 2001 bateu a Boeing na concorrência do Pentágono para o desenvolvimento de um novo caça. Esses caças começaram a ser usados em 2015 e deverão se transformar no principal jato da Força Aérea e da Marinha dos EUA, além das forças da OTAN. O preço de cada um deles fica em torno de US$ 80 milhões, na versão de entrada.

A Dinamarca encomendou 27 F-35, e as entregas começam no próximo ano. O custo operacional de um F-35 – incluindo manutenção – fica ao redor de US$ 44 mil por hora de vôo, mais que o dobro dos custos de um F-16.

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