Oito executivos da mesa de operações de renda variável da Ativa Investimentos – incluindo três sócios sêniores – estão deixando a tradicional corretora carioca para criar um escritório de agentes autônomos vinculado à XP.
Os sócios sêniores são Rodrigo Rocha, Marcelo Morgado e Bernardo Tocantins. Todos estavam há mais de dez anos na Ativa e pediram demissão ontem na corretora.
“Praticamente a mesa de operações inteira saiu. Se sobrou alguém foi um ou dois estagiários que eles não quiseram levar,” disse uma fonte a par do assunto.
A Ativa tem cerca de R$ 7 bilhões sob custódia hoje, dos quais R$ 2 bi estão em renda variável, debaixo do guarda-chuva dos sócios que estão saindo.
A expectativa é que eles consigam levar uma parcela relevante desse valor para a nova casa.
Em wealth, a migração é normalmente de uns 20% a 40% do total da carteira. Em renda variável, o percentual tende a ser muito mais expressivo, de uns 60% a 70%, porque é mais simples migrar as ações de uma corretora para a outra.
“Em wealth às vezes tem um fundo exclusivo, ativos que são mais complicados de migrar…,” disse uma fonte próxima aos executivos que estão saindo.
O novo escritório – que ainda não tem nome – deve começar a operar em janeiro. As negociações entre a XP e os executivos começaram há mais de um ano e foram lideradas por Caio Raiza, o head de novos negócios da XP.
A corretora de Guilherme Benchimol chegou a tentar contratar os executivos para trabalhar diretamente dentro da XP, “mas a conta do agente autônomo, principalmente para o negócio de ações, acaba fazendo muito mais sentido do que ser CLT,” disse a fonte.
O movimento é o mais recente de uma série de transações semelhantes que a XP tem feito nos últimos anos envolvendo principalmente executivos de bancos.
Há dois meses, a corretora fechou um acordo com Carlos Kawall, o ex-economista chefe do Safra, para criar uma nova gestora – a Oriz – na qual a XP será sócia minoritária.
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