O Itaú BBA rebaixou a Eneva para ‘market perform’ dizendo que a ação já está “bem precificada”.
“É tudo uma questão de valuation,” escreveram os analistas Filipe Andrade, Luiza Candiota e Karoline Correia. Segundo eles, a Eneva negocia a uma TIR de 8,1% na Bolsa.
A ação da Eneva chegou a cair 3% no início do dia, mas reduziu as perdas e agora cai 1,3%, negociada a R$ 15,66.
A ação da Eneva subiu 16% desde o follow-on de junho, e os analistas acreditam que esse movimento já embute o upside esperado para o leilão térmico, derivado da lei que privatizou a Eletrobras, que está agendado para 30 de setembro.
Os analistas estão esperando mais competição nesse leilão, já que, segundo a Eneva, a Petrobras pode ter negociado um contrato de gás do campo de Urucu com outros desenvolvedores de termelétricas e pode ser que eles participem do leilão. “A Eneva poderá não estar sozinha no certame para contratação de 1GW de capacidade na região amazônica, como achávamos na época do follow-on.”
Para o Itaú BBA, a Eneva tem um dos melhores managements do setor, um excepcional track record de alocação de capital e uma perspectiva de crescimento brilhante. “Mas estamos mais cautelosos porque a expectativa para o leilão está muito alta e o resultado poderá desapontar os investidores,” escreveram os analistas.
Além disso, eles acreditam num cenário pior do que o esperado para o despacho térmico em 2022-23, por conta do provável preço spot mais baixo. Eles destacam ainda que a compra do polo Bahia-Terra, em parceria com a PetroRecôncavo, está demorando mais do que o esperado. “Reduzimos nossas estimativas para refletir um cenário mais desafiador,” diz o relatório.
O cenário pessimista do Itaú BBA para a Eneva é de R$ 12,5 por ação, e embute apenas os projetos atuais sem upside a partir do leilão e com um menor despacho térmico de longo prazo.
O cenário base é de R$ 17 por ação, e assume que a Eneva venda 600 MW de capacidade no leilão no preço máximo.
Já no cenário otimista, eles estimam o papel R$ 20,4, com a venda de 900 GW de capacidade no leilão; um despacho térmico maior; e a compra do Bahia Terra, que agregaria R$ 1 por ação.
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