Crítica: Setembro 5 é um drama arrebatador que retrata os bastidores de uma crise ao vivo

Existe uma frase em É Isto um Homem?, de Primo Levi, que diz: “A perfeição pertence às coisas que se narram, não às que se vivem.” Nela, o autor, ao narrar suas memórias do período em que esteve em Auschwitz, explica que falar sobre um evento, conferindo-lhe início, meio e fim, é, de certa forma, atribuir sentido e coesão a situações extremas que geram sofrimento. Em Setembro 5, o mais novo longa de Tim Fehlbaum, temos uma narrativa tensa que busca apresentar, sob o ponto de vista do jornalismo, como foi a primeira cobertura televisiva de um atentado terrorista.

O filme conta a trágica história do massacre ocorrido durante as Olimpíadas de 1972, realizadas em Munique, na Alemanha. No dia 5 de setembro, membros da delegação israelense foram sequestrados e, posteriormente, assassinados por um grupo de terroristas palestinos. Nesse meio-tempo, uma equipe de jornalistas da ABC, que fazia a cobertura esportiva do evento, vê o rumo de sua reportagem completamente alterado: agora, a prioridade passa a ser transmitir todo o desenrolar da crise, desde a descoberta do crime até as negociações que culminam na tragédia.

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