Lançado pela Netflix em seu catálogo no dia 7 de novembro, Frankenstein permitiu que o diretor Guillermo del Toro finalmente realizasse seu sonho de adaptar a obra de Mary Shelley. Para cumprir seus objetivos, ele decidiu apelar somente a efeitos práticos, destoando da tendência de Hollywood de apostar cada vez mais no digital.
O resultado foi uma das interpretações mais humanas e emotivas do monstro criado a partir de pedaços de humanos mortos. Mas, para obter esse efeito, o ator Jacob Elordi teve que fazer um grande sacrifício pessoal, que envolvia uma preparação que envolvia mais de 10 horas na mesa de maquiagem.
Como o Frankenstein de del Toro foi construído?
O design do Frankenstein produzido pela Netflix é bastante diferente daquele visto em outras adaptações, nas quais ele surge com diversas costuras. Segundo o diretor, os visuais do monstro foram criados com a ajuda de Mike Hill, um colaborador constante com o qual ele trabalha desde A Forma da Água, de 2017.
A criatura foi construída a partir dos escritos originais de Mary Shelley, que a descreve como repleta de veias visíveis e cicatrizes;Dado o desejo de del Toro de trabalhar com efeitos práticos, Elordi teve que se submeter a longas sessões de transformação;Usando maquiagem e próteses, a produção de Frankenstein conseguiu mudar o rosto e o corpo do ator;O objetivo de Hill foi criar uma criatura ao mesmo tempo bizarra e humana, que mostra em sua pele os planos desesperados do Doutor Frankenstein;A decisão beneficiou muito o longa-metragem, que não teve que apagar ou complementar a atuação de Elordi com o uso de efeitos de computação gráfica.
Além de decidir pelo uso de efeitos práticos, o Frankestein da Netflix também quis ser coerente com a época em que sua história se passa. Assim, além de prestar atenção a questões como padrões de crescimento de pelos, a produção também garantiu que as roupas e texturas vistas na criatura eram coerentes com o Século XVIII.
Frankenstein da Netflix foi fruto de muitas pesquisas
Em uma entrevista à Variety, Hill explicou que seu trabalho em Frankenstein foi resultado do aprofundamento de pesquisas que ele fez durante toda a sua vida. Ele explicou que sempre teve interesse sobre o corpo humano, mas, para o filme, teve que melhorar seu conhecimento sobre seu funcionamento interno.
O novo Frankenstein foi criado somente com maquiagem e próteses. Imagem: Divulgação/Netflix
O artista explicou que, na história, a criatura é construída a partir de partes de corpos colhidas em um campo de batalha —assim, era importante que cada uma tivesse tons de cores distintos das demais. Ele também afirmou que um cuidado especial foi dado à região dos olhos, para evitar que as expressões naturais de Elordi fossem perdidas.
Todo o processo de maquiagem foi feito do zero aproximadamente 20 vezes, fazendo com que o ator passasse mais de 200 horas tendo seu corpo alterado. No entanto, Hill afirma que Elordi não reclamou do processo — e usou esse grande tempo para incorporar o papel e a criatura que os assinantes da Netflix podem conferir no conforto de casa.
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