A Moove lançou agora de manhã seu IPO na Bolsa de Nova York, buscando vender 25 milhões de ações a um valuation post money de cerca de R$ 12,4 bilhões, no meio da faixa indicativa.
A companhia — que fabrica e vende lubrificantes em diversos países — quer precificar a operação no dia 9, no que será o primeiro IPO de uma empresa brasileira desde a listagem do Nubank em dezembro de 2021.
A Moove lançou a operação com uma faixa de preço indicativa de US$ 14,50 a US$ 17,50 por ação.
No meio da faixa (US$ 16), a companhia seria avaliada a 8x seu EBITDA estimado para 2025, de R$ 1,55 bilhão, chegando ao valuation de R$ 12,4 bi.
No topo, o múltiplo seria de 8,5x EBITDA, com um valuation de R$ 13,1 bilhões.
O roadshow começa oficialmente hoje, mas durante o pilot fishing investidores têm mostrado interesse pela transação, segundo uma fonte envolvida na operação. “Tem bastante local olhando, mas vai ser um deal ancorado basicamente nos gringos,” disse a fonte.
A operação será majoritariamente secundária. No meio da faixa, a Moove levantaria apenas US$ 100 milhões de primária, que será usada em partes para pagar a aquisição da DIPI Holdings.
Dos US$ 300 milhões restantes, US$ 100 milhões seriam de vendas Cosan, de Rubens Ometto, que tem hoje 70% do capital da companhia, e US$ 200 milhões de vendas da CVC Capital Partners, que tem os 30% restantes.
Dependendo da demanda, a oferta pode ter um greenshoe, que elevaria o montante em 50%.
A Moove é uma das maiores fabricantes e distribuidoras de lubrificantes da América Latina, e tem a exclusividade da marca Mobil no Brasil.
A empresa – que a Cosan comprou junto com a rede de postos da Esso em 2008 – vende produtos para diversos setores, principalmente o automotivo e industrial, e tem operações na América Latina, Estados Unidos e Europa. Hoje quase metade de sua receita já é em moeda forte.
A Moove disse que fez uma receita de R$ 5,024 bilhões nos primeiros seis meses do ano, uma queda de 1,6% na comparação anual. O EBITDA foi de R$ 690,2 milhões, uma alta de 9%, e o lucro líquido foi de R$ 237,6 milhões, em comparação a um prejuízo de R$ 58 milhões um ano antes.
Em 2023, a companhia teve uma receita de R$ 10,07 bilhões, um EBITDA de R$ 1,2 bilhão e um lucro de R$ 266 milhões.
O IPO permite à Cosan evidenciar o valor construído na Moove ao longo dos últimos anos.
Com o IPO, a Moove passa a ser a quarta empresa listada do Grupo Cosan, além da Rumo, Raízen, e da própria Cosan. A Compass, a empresa de gás do grupo, permanece fora da Bolsa.
Os coordenadores globais são o JP Morgan, Bank of America e Citi, seguidos de Itaú BBA, BTG Pactual e Santander. Goldman Sachs, Jefferies e Morgan Stanley também estão no sindicato.
SAIBA MAIS
Cosan dá a largada no IPO da Moove; quer precificar oferta em outubro
The post Moove lança IPO com valuation de R$ 12,4 bi no meio da faixa appeared first on Brazil Journal.