A Olga Ri — a startup de venda de saladas por delivery — acaba de levantar R$ 30 milhões com a Kaszek numa rodada que vai financiar a expansão da marca, com a abertura de novas dark kitchens e de seu primeiro restaurante no modelo tradicional.
É a terceira vez que a Kaszek injeta capital na empresa desde seu primeiro investimento em 2019.
A Olga Ri já tem cinco dark kitchens — os restaurantes feitos apenas para o delivery — e faturou R$ 21 milhões no ano passado, 3,2x mais que a receita de 2019, o último ano antes da pandemia.
O run rate do mês passado já bateu R$ 30 milhões, disse a companhia.
Com a capitalização, o plano dos fundadores — os irmãos Bruno e Cristina Sindicic e Beatriz Samara — é abrir mais 12 unidades nos próximos 18 a 24 meses, entre dark kitchens e restaurantes padrões.
A Olga Ri quer entrar no Rio de Janeiro e ampliar sua presença em São Paulo, entrando em regiões como o ABC, Osasco e Morumbi.
Somando essa expansão e o aumento da capacidade das cozinhas atuais, a Olga Ri deve mais que triplicar sua receita.
“Fazemos o dimensionamento das cozinhas de acordo com a demanda. Se ela aumenta, conseguimos facilmente colocar mais fornos, balcões e aumentar a capacidade,” Bruno, um ex-analista da Advent, disse ao Brazil Journal.
Segundo ele, o restaurante da Olga Ri vai operar no modelo de fast casual — que fica no meio do caminho entre um fast food tradicional e o casual dining.
“É uma experiência de consumo rápida, moderna, urbana, próxima do que tem em Nova York, mas que não é muito comum no Brasil,” disse Cristina. “Vai ser uma experiência mais conectada com os dias de hoje.”
A Olga Ri ainda não definiu a localização dos primeiros restaurantes, mas está considerando os suspeitos de sempre: Pinheiros, Paulista e Itaim.
A startup tem feito 40 mil pedidos por mês, que são entregues por uma equipe própria de motoboys. As vendas são feitas tanto por canais próprios (aplicativo e site) quanto pelos marketplaces (Rappi e iFood).
A Olga Ri não está sozinha no jogo das saladas. Há inúmeras empresas vendendo alfaces e broto de feijão pelo delivery, incluindo a Greentable, que fez uma rodada recentemente.
Além da Kaszek, participaram da rodada a Chromo Invest, ligada ao family office de Jayme Sirostky; a Calila, o family office dos Jereissati; a Aram Capital, o multifamily office de Eduardo Scarceli; a Scale-Up Ventures; e investidores-anjo como Guilherme Bonifácio (co-fundador do iFood) e Diego Libânio (que cofundou o Zé Delivery).
O cineasta Fernando Meirelles e o ex-vp da Yoki, Gabriel Cherubini, que já eram investidores, também acompanharam.
SAIBA MAIS
Kaszek investe em saladas. Olga Ri