Uma lei aprovada pelo senado da Austrália em março deste ano fez daquele país o segundo do mundo a legalizar um procedimento de reprodução assistida feito com o DNA de três pessoas. A técnica é realizada para impedir que alguns casais possam gerar filhos com distúrbios debilitantes causados por mitocôndrias defeituosas. Até então, o método só era permitido no Reino Unido.
Conhecida como Lei de Maeve, a lei que reformou a legislação existente sobre doação mitocondrial recebeu esse nome em homenagem a uma garota australiana de seis anos que sofre de um distúrbio mitocondrial severo chamado síndrome de Leigh. A doença resulta em perda de habilidades mentais e motoras ao longo da vida, que é normalmente muito curta, não ultrapassando a infância.